sábado, 31 de março de 2012

Síndrome de Bruni


Não que eu me pareça com ela. Bem, adoraria, mas minha pretensão não chega a este ponto. Temos em comum apenas os seios, digamos, pouco fartos, poizé. E a ousadia de sair por aí sem sutiã. A Danuza Leão diz que isso é o ó; que, sob hipótese alguma, uma mulher pode pôr o pé fora de casa sem o famigerado acessório. Li ontem mesmo num livro dela, tá se achando a própria Glorinha Kalil. Eu discordo. Adoro me exibir por aí livre, leve e solta, afinal, alguma vantagem com a minha tetinha eu tenho que levar! Danusa, querida, para que servem os sutiãs? Imagino que para dar sustentação aos seios, levantar se estiver caído, segurar o que estiver sobrando. Não é o meu caso, viu, bein? Obrigada, mas que se dane a etiqueta. Ostento meus originais de fábrica com orgulho: firmes, empinados e não seguram um lápis*! Bom, não vou negar, faróis acesos são um problema mesmo e acontecem com frequência. O jeito é dar aquela disfarçada com os braços, alisar pra ver se apaga, ou deixar os homens excitados mesmo, fazer o quê. Ah, só pra esclarecer: seio pequeno, no meu caso, é igual a cabe na mão e sobra na boca, ok? Não custa ser mais elucidativa, néam? Vai que vocês imaginam que eu tenho duas espinhas na comissão de frente.

*Teste do Lápis: Coloque um lápis embaixo da teta e solte as mãos. Se o lápis NÃO cair no chão, é porque a gravidade está fazendo a parte dela.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Coming Soon

Gente, é sério. Pastei na mão desse cara, e bonito! Paixão cega, dessas que deixam tudo devastado depois que acaba. Seria cômico se não fosse trágico. Ainda bem que hoje, anos depois, eu consigo contar essa história tirando uma onda no final, mas, olha, comi o pão que o diabo – da Tasmânia - amassou com este cidadão. Se o meu chifre se materializasse, por exemplo, eu seria o próprio carro alegórico da escola Unidos das Cornas Redimidas. Falo redimida porque me vinguei com juros e correção monetária. Não que vingança seja um sentimento nobre, eu reconheço, só que chega um dia na vida em que você DECRETA que todo castigo para um canalha é pouco. Dá pra escrever um livro sobre este meu namoro, é sério. E outro sobre o pós-término. Até boletim de ocorrência rola no enredo dessa novela mexicana. Por isso resolvi contar essa história em capítulos. Vem aí “O Falecido”, batidas de tambor produçããão! Porque o primeiro negão a gente nunca esquece. Em breve nos cinemas.

Mulheres, uni-vos!

Só não dominamos o mundo porque mulher é classe desunida. Disputa até sapato na liquidação. Quando o assunto é homem, então, aí que a coisa fica feia. Quanta burrice! Eu já fui babaca. Ficava com cara comprometido, casado, não tava nem aí. “O comprometido é ele”, e pronto, simplificada a questão! No fundo, mulher tá sempre nutrindo uma competiçãozinha velada, imaginária... é instintiva, tá no gene. É só descobrir que tem outra na parada e pronto: já quer saber o nome, se é bonita ou feia, o que faz da vida, enfim, compra briga com alguém que sequer conhece. Hoje, eu já consigo enxergar as coisas de outra forma. Cara comprometido que fica por aí dando mole pra outra, pra mim, é o mais absoluto idiota, quero distancia, tô fora. É por isso que tá cheio de galinha no mercado, porque a mulherada dá corda, não se coloca no lugar da matriz. Eu não colaboro com a cafajestagem, sou do time das meninas, é uma ética minha, que adquiri com o passar do tempo. Além do mais, não nasci pra ser filial de ninguém. Sou vaidosa e mimada o suficiente pra querer ser nada menos que a ÚNICA na vida do cara, dure o tempo que durar. Ser a outra? Não mais, jamais! Existe coisa mais terrível do que querer falar com o bofe e não poder ligar, por exemplo? Eu não dou conta, comigo é meu, tudo meu, senão não quero. Se é pra trair, melhor ficarmos solteiros e com direitos iguais. Acho justo! Essa história de beijar bucetas por tabela não é a minha praia. O meu contrato é esse, monogamia provisória, exclusividade, chame como quiser. É pegar ou largar.

terça-feira, 20 de março de 2012

Eu Pornô

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Teorias da Quilometragem Avançada

Tem coisas que você constata empiricamente ao longo da vida. Com homem é batata. Padrões de comportamento, certas características da anatomia, situações que se repetem... eis algumas delas:

- homem magrelo e sem bunda tem pauzão;

- homem com pau pequeno faz o melhor sexo oral das galáxias;

Confere, produção?

Assustando a depiladora



Conheço minha depiladora há décadas. Reação dela ao olhar minha virilha assim que tirei a calcinha pra iniciar os trabalhos:

- Meu Deus, o que é isso??? Como você chegou a este ponto???

E eu:

- Revolta, Abigail, revolta!!!

sexta-feira, 16 de março de 2012

Janelinha com vista pro mar

Choperia badalada do Itaim, happy hour, homens engravatados, amigos queridos, cerveja gelada… o cenário era perfeito! Eis que, a umas três mesas de distância, visualizo O cara. Meu Deus! O que era aquele homem?! Alto, ombros largos, traços fortes, olhar lindo. Comento com minha amiga sentada ao lado: “Você viu aquilo? É o homem da minha vida!!!”. Exageros à parte, fiquei realmente muuuuito interessada no bofe. O interesse foi recíproco (ueba!) e a troca de olhares foi intensa durante toda a noite, mas nada do cara vir falar comigo. Também, pudera, éramos duas mulheres numa mesa só de homens, qualquer um se sentiria inibido em se aproximar. Senti uma movimentação estranha na mesa dele e o que eu temia aconteceu: ele pagou a conta e foi embora. Nãããããão!!! Meu chão caiu! Numa cidade como São Paulo, a probabilidade de encontra-lo novamente era praticamente nula. Quase saí correndo atrás dele. E, então, me ocorreu: “Um guardanapo! Ele tinha que ter deixado um bilhete no guardanapo!”. No fundo, eu tinha certeza que ele tinha deixado o tal guardanapo, dessas certezas estranhas que só nós, mulheres, sentimos. Na verdade, eu só estava esperando o viado do garçom se aproximar e me entregar a senha para a felicidade! Vinte minutos se passaram depois que ele foi embora, e nada de bilhete. Vi minhas esperanças se esvaírem e, decepcionada, fui ao banheiro eliminar toda aquela cerveja que havia me consolado na angústia da espera. E não é que o garçom, muito do discreto, estava esperando o momento certo pra me entregar o bendito?! Ele não quis me entregar o guardanapo na mesa para não me comprometer, caso houvesse qualquer affair com um dos presentes, não é o máximo? (chopperia chique é outra coisa, né?) Pois lá estava escrito: “Não tive o prazer de te conhecer aqui, mas meu nome é tal, meu telefone é tal, me liga, beijos”. Fiquei radiante! Eu dizia para a minha amiga: “Tá vendo, tá vendo, eu tinha certeza, é o destino, é o homem da minha vida, é ele, encontrei, finalmente, ai, ai…”, essas coisas de mulher surtada, sabem como é. Achei melhor dar uns dias, manter um suspense e deixar o cara na expectativa e… liguei no dia seguinte! Ele: “Alô?” Eu: “Ééé, hummmm, oi, hammm, você me deixou um guardanapo ontem…. Nossa, que voz maravilhosa! Papo bom, várias afinidades, e a louca aqui surtando de novo “é o universo, é o destino, obrigada Senhor!” Trocamos e-mails nos dias que se seguiram e, pra completar, o português do cara era impecável, quase gozei! Era o homem da minha vida! Finalmente, marcamos de almoçar num sábado, aquela comidinha japonesa básica que eu adoro. Ansiedade no topo, arrumação impecável, perfume até na perseguida, e o bonitão foi me buscar em casa. Ele encostou o carro. Entrei. Fechei a porta do carro. Sorri pra ele. Ele sorriu pra mim. Péra, vamos rebobinar, não é possível, eu devia estar enxergando errado. Eu entrei no carro. Fechei a porta. Sorri pra ele. Ele sorriu pra mim e, adivinhem? Era isso mesmo, eu tinha enxergado direitinho: uma imensa janelinha com vista para o mar se revelou. Géntem!!! Ele era praticamente banguelo de um dente! Quase morri! A janela era tão grande que parecia que faltava um dente! E o que é pior, na frente! Socorroooo! Não tive como fugir do almoço, foi uma saia justa só. Tentativa de beijinho pra cá, beijinho pra lá, e eu só me esquivando. Juro, eu não conseguia, não dava. Brochei total.
E foi assim que meu conto de fadas se desmanchou no ar e me rendeu apenas um almoço constrangedor na Vilaboim. O príncipe tinha virado sapo (não deveria ser o contrário, Walt Disney?).



Moral da história: nunca saia com um cara que você viu só de boca fechada. 

Desaparecido



Décio. Esse era o nome do canalha. É ca-la-ro que, como trouxa master que sou, quando me dei conta disso já era tarde, neam? Óbvio, óbvio. Tive com ele um caso relâmpago, aliás, relâmpago é o termo mais apropriado para definir a passagem meteórica deste cidadão pela minha vida. Ousaria até dizer que ele foi abduzido do planeta ou algo do gênero, porque N-U-N-C-A mais tive notícias do indivíduo. Digamos que ele era, hummm… interessante, vai. Bonitinho, uns pontinhos à frente do feinho arrumado. Nota 7, do tipo que passa de ano sem recuperação, mas raspando, sabe? Ou do tipo homem-miojo, que é sem gracinha, mas a gente sempre tem um na despensa? Então, esse aí! E como a maré não tava pra peixe, resolvi sublimar e olhar pros outros predicativos do rapaz, afinal, com fome, isopor é pipoca! [Play: A verdade é que nessa época eu não tinha muitos critérios. Stop.] Além disso, eu descobri que tenho um obsessor, o Jeremias – chamo de obsessor porque se fosse mentor me arrumava coisa boa -, que sempre resolve encarnar nessas horas, fazendo a rádio-cabeça cantarolar involuntariamente um “deixa que diga, que pense, que fale, deixa isso pra lá, vem pra cá, o que é que tem, eu não tô fazendo nada, você também…” Fã do Jair Rodrigues o desgraçado. Resultado? Lá vai a trouxa que vos escreve ceder às investidas do rapaz, cantando e sambando. [Play: Vai tomar no cu, Jeremias! Stop] E Dééécio inicia sua escalada e começa a ganhar pontos. Cheiroso e com aquele arzinho de cafa que, pra mim, é tempero indispensável em qualquer ser do sexo oposto. Assumo! Gostcho mesmo! Trouxa assumida, e daí? Resultado óbvio, óbvio, também: abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim. Dez minutos depois e eu já estava apaixonada pelo miojo que eu mencionei acima, porque a carne é fraca, né, gente?
Vou dormir suspirando e esperando aquele maldito telefonema que nem sempre vem. E não é que a minha ansiedade durou pouco? No dia seguinte recebo uma ligação do bonito me chamando pra sair, não é o máximo? Depilação, escova, roupa nova, perfume, tudo tinha que estar em ordem. Ele me pega em casa. Vamos pruma baladinha onde estavam a maioria dos meus amigos da faculdade. Cheguei me exibindo com o mocinho novo e pensando: dessa vez vai! O apresentei a todos os meus amigos, ficamos ali no maior love, até o momento em que Décio diz: “vou ao banheiro”. Ok, queridinho, vai lá. Dez, quinze, vinte minutos depois e nada do moçoilo voltar e eu já começava a ouvir as piadinhas: “Xiii, acho que ele foi embora, hein?”. Meia hora depois e eu não aguentava mais. Fui à caça do desaparecido! Rodei-ei a balada inteirinha e adivinhem? Nem sinal do desgraçado. Procurei até no banheiro feminino! Pois é, meninas, fui abandonada na balada, humilhada publicamente, tive minha reputação abalada diante de todos os meus conhecidos! O cara simplesmente evaporou, sem mais nem porquê. Até hoje, não faço a mais puta idéia! Nunca, em toda a minha experiência cafajezística, eu tinha ouvido falar em algo parecido! A tese mais plausível é que o filho da puta tinha namorada, e que viu na balada alguém que o comprometesse e, por isso, saiu na fina. Será? Na hora, fiquei arrasada, mas hoje sei o valor que tem o dinheiro pro táxi e pilhas pro vibrador. Décio, querido, quem perdeu foi tu, tatu! A fila anda, e rápido! Muáh!

Agi como uma vaca, e adorei!

Quando você não espera nada da noite é que você se surpreende. Essa é uma máxima que nunca falha. Ontem foi assim. Tudo começou com uma cervejinha despretensiosa, em mais um desses butecos sujos, com copo americano e mesa de ferro, espalhados por São Paulo. Após uma pequena, mas eficiente peregrinação etílica pela avenida paulista – o “bar” em que estávamos nos expulsou às onze e meia da noite!! – chegamos ao submundo das drogas e dos GLS, mais conhecido como “A Lôca”. Meia luz, música incrível, pessoas doidas, sexualidade exalando pelos poros. Coreografias provocantes, mulheres se esfregando umas nas outras, homens gozando com os olhos. Gays se beijando sem o mínimo pudor, realmente estavam em casa. É impressionante como o clima de libertinagem das baladas homo leva poucos segundos para contaminar até mesmo os mais recatados. Não que eu seja uma recatada, muito pelo contrário, mas, some-se a isso doses e doses de bebidas alcoólicas das mais variadas espécies e o resultado é pura libertação, até para os mais liberados! Foi assim que comecei com as provocações. Éramos dois casais. A Genésia, com seu namoradinho novo e lindo, diga-se de passagem. Eu, com o meu problema-solução dos últimos dez meses, o Babaca. Talvez eu tenha ido longe demais com o propósito de dançar me insinuando com a Genésia. É compreensível que qualquer cara se desestabilize ao nos ver dançando juntas (modesta, eu?), mas quando se trata do seu bofe, aí a coisa muda de figura. Ver o seu affair ali, todo derretido pela sua amiga, não é das cenas mais agradáveis de se ver. O melhor é que nem precisei planejar a minha vingança. Assim que adentrei o recinto, avistei o negro mais sexy que já vi nos últimos tempos. Pensamento involuntário: “ai se eu estivesse desacompanhada…”. Eis que nem precisou esforço. Babaca vai ao bar. Antes mesmo que eu pudesse me insinuar, lá estávamos nós, eu e aquele outro negro lindo, dançando agarrados, como dois pólos que se atraem naturalmente. Não houve diálogo. Não me pergunte seu nome, nem o timbre da sua voz. Com a excitação de quem trai, deixei que ele me levasse para um canto. Hesitei um segundo, e me rendi a dois longos e selvagens beijos. Voltei para a pista, não podia correr o risco de um flagra. Com um sorriso satisfeito nos lábios, reencontro o Babaca e beijo-lhe com uma vontade visceral. Sujo seus lábios com a saliva do outro e, num misto entre prazer e culpa, senti-me vingada de qualquer coisa que ele pudesse vir a fazer ou que já tenha feito.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Enxergando o óbvio

Comi muita alfafa até conseguir assimilar algo que eu custava a aceitar: homem, quando quer, corre atrás. É clichê, mas é a pura verdade. Essa história de conquistar alguém, de vencer pelo cansaço, etc, é perda de tempoooo! A conquista só é possível se a pessoa está aberta a, se está afim, se abre a guarda. É incrível como hoje isso está claro para mim. Por que é tão difícil enxergar o óbvio? Depois que comecei a encarar as coisas sob esta ótica, tudo ficou muito mais fácil e prático. Faça o exercício inverso: pense naquele cara mala, que enche o seu saaaco, que liga, manda e-mail, manda torpedo, chama pra sair, etc, etc e que você não está afim. Você até atende, tenta ser educada, inventa desculpas sutis mas, no fundo, quer mesmo que o mala desapareça ou, simplesmente, você gosta da inflada que ele dá no seu ego. Ponto, nada além! Pois é, meu bem, é assim que somos vistas – como MALAS – quando somos nós que forçamos a barra. Péssimo, né? A duras penas, descobri que há momentos em que tudo o quê se pode fazer é tirar o time de campo. Agora vem a parte mais irônica: às vezes, é tirando o time de campo que você causa alguma reação. Se nem assim o cara mudar de idéia, parta pra outra, amiga, pois o bofe está se lixando mesmo. Agora, se as intenções dele não estiverem tão nítidas, não foque nele até ter certeza do que ele quer. Investir num relacionamento deveria ter a mesma racionalidade de uma transação financeira: você mensura os riscos e só então confia seu dinheiro a uma aplicação, a um investimento (pena que a prática não é tão matemática, mas não custa tentar, neam?). É claro que existem pessoas que se sentem desafiadas pela indiferença, pela dificuldade, mostrando que aquela teoria que diz que que quanto mais a gente pisa, mais gruda, também é verdade. Ultimamente, tem um mané desses no meu pé. É incrível a falta de noção deste ser. Ele se acha o cafa irresistível, mas é o maior xavequeiro furado do planeta. Eu, que já sou PhD na cafajestagem, não caio na lábia do desgraçado e isso deixa ele louuuco. Percebi que ele gosta desse jogo “você corre e eu te alcanço”, então, só dou corda pra ele se enforcar. É divertidíssimo! O palhaço até virou motivo de gozação entre minhas amigas e o que é pior, ele sabe disso e continua! Será que é alguma patologia ainda não identificada? Uma espécie de sado-masoquismo emocional? Na dúvida, sugeri que ele fosse a uma boa terapeuta! Eis que me ocorreu outra constatação óbvia: quando a gente consegue jogar, e faz isto de forma consciente, é porque não está afim. A paixão é a limitadora de qualquer tipo de racionalismo. Portanto, vamos às conclusões deste post:

1. Quando o cara quer, ele vai atrás;
2. A gente pode até tentar se enganar, mas sempre sabe quando um cara está realmente interessado. Insiste por pura teimosia, até quebrar a cara;
3. Tem homem que gosta de ser pisado mesmooo;
4. Infelizmente, a gente só consegue pisar/jogar quando não tá nem aí;
5. Quanto mais a gente pisa, mais o cara gruda;
6. Se quanto mais a gente pisa, mais o cara gruda, e se a gente só consegue pisar quando não está nem aí, qual a finalidade de desgastar a sola do sapato?
7. Tostines vende mais porque é fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais? 

Pisa que ele gruda; gruda que ele pisa.

O tipinho "Só vou passar para te dar um abraço"

Considero esse um dos piores tipos, já que sua palavra de ordem é o banho-maria (vulgo muita falação e pouca ação; do popular não caga, nem desocupa). Em poucas semanas de relacionamento -  à distancia, é claro -, com um adepto dessa filosofia, você estará se sentindo o próprio pudim-de-leite. Ao se conhecerem, você até identificou no rapaz um potencial promissor para o cargo de The Best Next®: bonito, gentil, inteligente, responsável, cheiroso, atleta, mãos grandes, ombros largos, pés gigantes (adouro essa parte! ela pode ser reveladora de deliciosas surpresas!), motorizado e com celular pós-pago [thank’s God!]. Vocês ficaram e tudo foi impressionantemente ótimo. Torpedos adolescentes já rolaram logo depois da balada, sinal de que a boa impressão foi bastante recíproca. O telefonema no finalzinho da tarde do dia seguinte confirma seu entusiasmo, e você não vê a hora de encontrar o seu pé grande de novo. A semana começa tumultuada, mas já na terça-feira ele sinaliza a intenção de te ver depois da pós: só vou passar para te dar um abraço. “Que lindo”, você pensa, “no meio da correria toda ele ainda arranja um tempinho pra me ver...”. Mesmo sabendo que serão apenas alguns minutos com seu querido, você capricha na produção como se fosse ser levada para jantar, afinal, segundo encontro é o primeiro encontro sóbrio. Meia horinha de abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim, dentro de um carro, parada em frente à sua casa, você volta para seu quarto, tira a maquiagem express e vai dormir querendo mais, porém confiante. Telefonemas rolam durante a semana e, sábado e domingo, silêncio total. Na terça-feira seguinte, nova tentativa de só vou passar para te dar um abraço. Observo ali uma forte tendência de o comportamento se estabelecer como padrão e, dessa vez, invento qualquer desculpa que me poupe desperdiçar uma produção inédita regada à perfume francês para apenas meia hora de beijinhos contidos e papos entediantes ao melhor estilo como foi o seu dia. Novo final de semana, novo silêncio. Nova terça-feira, nova tentativa. Desculpas e mais desculpas sobre o sumiço, a velha lenga-lenga do estou trabalhando muito e, acreditem, ele continua querendo passar só para me dar um abraço. Acontece que a pudinzinha aqui, calejada que só, não cai mais nessa assadeira! O CFCO - Comitê Farejador de Cornas Omitidas já está em atividade, o cargo de The Best Next® já foi reaberto (afinal, eu não sou destas que perdem tempo), e ele só terá o prazer de olhar meu lindo par de olhinhos castanhos de novo se tiver um convite decente pra fazer. Isso se eu ainda estiver interessada, obviamente.
Beijo, me liga!

*Destemido e incansável super-herói, disponível nas versões loiro, moreno, alto, sarado, cheiroso, não necessariamente nesta ordem!, o onipresente e salvador.... [batidas de tambor, produção!]: O The Best Next®! Quando achamos que nunca mais! [mode drama ON] encontraremos alguém tão bom quanto o ex (U know), ele aparece para nos defender! É o nosso Chapolin Colorado!

quarta-feira, 14 de março de 2012

O Cafa cresceu

Essa é mais uma história envolvendo o Cafa, que já não é mais cafa. Hoje ele namora e se transformou num cara muito bacana, como poderão ver. Acima de tudo, sempre fomos amigos e nunca perdemos o contato. Agora, morando em cidades diferentes, nos encontramos para trocar uma ideia sempre que estou a passeio por Sampa, e para dar uma beijocas, se os dois estiverem desimpedidos. Funciona assim com a maioria dos meus casinhos paulistanos. Como mudei de cidade, e não houve necessariamente um rompimento, sempre tenho uns enderecinhos especiais para visitar, mham mham. Fico orgulhosa de verdade em manter uma relação carinhosa, respeitosa e saudável com a maioria dos bofes que passaram e permanecem na minha vida. Conversando com o Cafa no MSN sobre o término do meu último namoro, ele foi a injeção de auto-estima que eu precisava! Nada como um amigo-ex-pegueti diliça pra dar aquela nocauteada no seu ex-loser!

Cinta-Liga diz
hey, garo-tô
Cafa diz
hey
dili-ça
wazzup?
Cinta-Liga diz
tudo, bem, di-li! e você?
Cafa diz
bem tb
e o namô?
Cinta-Liga diz
game over, terminei ontem... :/
Cafa diz
ah
vah
por que?
o que esse puto fez?
Cinta-Liga diz
sérião... ah, nem fez nada... eu é que tava passando mesmo por cima de algumas coisas na ânsia de ter um relacionamento... não tava apaixonada, não sentia que ele é o cara, mas fui levando... mas nem me comendo direito ele tava, então mandei pastar
Cafa diz
ah vah
entao nao rola
fez bem
pq teu macho
no minimo
tem que comer com gosto
Cinta-Liga diz
não é? também acho
é que ele tá numa fase de vida ruim, não tá trampando, não tá ganhando dinheiro... homem não funciona direito nesse contexto
Cafa diz
uhm
eh vero
chegou na hora errada
mas as coisas sao o que sao
sao como sao
Cinta-Liga diz
pois é... esse playboy aí perdeu... rs
Cafa diz
já was
perdeu a delicia do verão
o foda eh saber que vc tah por aqui
mas aih eu aplico meu lado Dalai Lama
e ok
Cinta-Liga diz
é, pq não compactuo com canalhices... só se vc estiver solteiro, rs
Cafa diz
entao
eh disso que estou falando
aplico meu lado Dalai Lama
que sublima as coisas
pq sabendo que essa delicia tá por aqui
da wolf climbs
Cinta-Liga diz
hahahahaha
safado!
Cafa diz
gostosa
vc eh meu sonho de consumo
meu
sorry!
Cinta-Liga diz
vai diliça, enche minha bola, porque hoje eu to precisando!
Cafa diz
porra
precisa de mais?
vc nao sabe o estouro que é?
como excita o seu jeito qq macho que cruza com vc por aih?
essa voz gostosa?
meu
certeza que se falasse com vc no telefone agora eu teria uma ereção
só de ouvir sua voz
sempre que te vejo
vem na minha mente duas coisas
Cinta-Liga diz
hahahahaha
Cafa diz
como eh foda falar com vc, estimulante
e tb como é foda ver vc, sua cintura e essa bunda, estimulante ²
Cinta-Liga diz
ai cafa, você é demais!
falar com você era tudo que eu precisava hoje
Cafa diz
porra
vc sabe que eh foda
eh uma mina especial
nao existe mina como vc circulando por aih
por isso tem uns panaca que ramela
qdo te tromba
tão comendo mal
achando que tão em buffet all in
qdo ve um buffetzão desse
nem sabe o que gosta
e fica sempre no mesmo
sendo que vc eh um festival gastronomico
hahhahaha
eu pago moh pau pra vc
poucas
mto poucas mulheres passaram na minha vida
e causaram esse efeito
tem mais dedos na mão direita
do que mulheres que fizeram isso
e sabe...
posso revelar?
Cinta-Liga diz
pode!
Cafa diz
penso em coisas mto safadas contigo
nao eh lance de carne e pele só nao
elas só declaram uma parada que vem de dentro
e essa safadeza só eh produto
de como me sinto ligado contigo
Cinta-Liga diz
só não entendo pq a gente nunca colocou isso em prática
vc namorava a japa, na época, né?
Cafa diz
eh
isso era brochante pra mim, neh?!
dando pra vc menos que deveria
e entregando coisa pior ainda pra ela que era ponta firme
minha consciência era um dedo no cu
que me travava forte
Cinta-Liga diz
ainda bem que existe uma coisa chamada maturidade!
Cafa diz
ajuda a agir corretamente
fazer escolhas mais acertadas
o papel de rato se torna cada vez mais repugnante
e a gente aprende a esperar o momento certo
Cinta-Liga diz
com certeza.... não vejo sentido em se relacionar pra enganar o outro, trair, expor, e etc
Cafa diz
entao
o lance tem a ver com qualidade dos pensamentos
ninguem entra num namoro
querendo jah trair
mas no meio dele
começa a arrefecer o sentimento
começa a olhar pro lado
e o motivo
eh o tipo de pensamento que vc deixa ficar na mente
eu nao vacilo, dilí
nao vejo videozinho
nao olho pra gostosa que tah passando do meu lado
nao fico de tititi nem adicionando as bitch que entra no FB querendo me adicionar
e isso tem me deixado focado no meu doce
que em contrapartida
tem se sentido amada e tem feito coisas incriveis comigo
to amarradao com essa dinamica
e vc
eh a excessão a regra
pq minha ligação contigo eh outra
posso declarar todo o desejo que tenho por vc
e manter o valor que minha namô tem
pq eu posso contar com vc pra manter a parada bem ajustada
sei que vc na entraria numas
de me instigar
e pah
pq sabe que to amarradão
mas uma coisa nao desqualifica a outra
desde mto tempo sou caido por vc
Cinta-Liga diz
vc sabe que eu torço por você e pela sua felicidade
fico feliz mesmo que tenha encontrado uma mina bacana
e espero que vcs se façam felizes
mas, né? to na pixta, qq coisa! hahahaha
Cafa diz
porra
nem precisa dizer
vc eh top 1
Cinta-Liga diz
adorei cada linha que me escreveu hoje... terminar é sempre foda, e esse meu término em particular, deixou minha auto-estima pelas canelas... mas é isso, bola pra frente, amanhã estarei melhor que hoje e assim sucessivamente!
Cafa diz
meu
na boa
a gente supervaloriza
essas pequenas relações
relações do meio tempo
aquelas que nos ensinam e permitem que a gente ensine
e que vão dando corpo pra gente
eh coisa bem natural da vida
e se a gente enxergasse isso
se encheria o saco muito menos
pq o problema eh que a gente mesmo enche o saco da gente
nao faça isso
diga um gostoso e sonoro FODA-SE
eh libertador
nao era ele
ele serviu pra um tempo e proposito determinados
que findou
o que vem aih a gente nao sabe
mas sabe que, pelo produto FODA que vc eh
ah de ser mto bom tb
Cinta-Liga diz
sim, você tem razão... sei disso... é que o cara quis justificar as negligências dele comigo, as sexuais, inclusive, dizendo que não estava apaixonado
e isso me detonou
Cafa diz
eh um troxa
homem de verdade
qdo cai
cai calado
nao cai esperneando e gritando tresloucado
cai no gelo
esperando a hora de dar a volta por cima
o babaca aih soh mostrou que eh pouca lenha
pra esse fogo todo que tuh eh
eh um ramelão
que pra variar
deu um derrame antes de tudo terminar
jah foi tarde
lóki!
tah vivendo uma situação de merda
e nao se conscientiza que eh subproduto da cabecinha dele
eh um juca
que deve levar mta multa nessa vida
levou moh axeh de descolar vc
mas teve a moral de cagar no pau
tem varios desses por aih
desencana
Cinta-Liga diz
hahahahaha
Cafa diz
2 dias
2 dias pra vc nem lembrar o que eh que tinha de bom nele
nossa
tenho moh bronca de zé povinho
ramelão
que nao segura o rojao e deixa a parada rabear
neh?!
a pára
a parada eh essa
e abandona o mito de mulher maravilha
que veio pra salvar o mundo
nao eh
nao tem que ser
e nem vai ser
Cafa diz
vai descolar alguem que complemente, nao que complete
pq completa tuh jah
e bastante
Cinta-Liga diz
dili! que bom que te chamei hoje prum lero
Cafa diz
opre
cola na grade
que tem um caminhão no teu nome aqui
entrega no teu nome
que nunca retirou.

Tem como não amar? Um beijo pro meu eterno cafa predileto que mudou minha bad em instantes!


Leia mais textos sobre o Cafa aqui e aqui.