Sem touquinha, não entra!

O papo é reto, mulherada. Não preciso nem dizer que promiscuidade não tá com nada, ainda mais em tempos em que ninguém é de ninguém, mas quem nunca escorregou no quesito “entradinha sem touquinha” que atire a primeira pedra. Os homens são os maiores incentivadores do delito, ô raça pra não gostar de usar camisinha, meu pai! Fico chocada! 


Uma coisa é fato: se o bofe tentar te comer sem proteção, é porque ele faz isso com TODAS. Que nojo! CORRÃO! Meu bein, aquele pinto rosado, suculento e cheiroso pode esconder coisas que você nem imagina! E digo mais: quem vê cara, não vê soro positivo, dentre outras doenças sexualmente transmissíveis. A maioria delas, assintomática nos bofes, e devastadoras na nossa zona do agrião.

Outra coisa que me assusta é perceber que boa parte das mulheres pensa em camisinha apenas como método contraceptivo, e se está tomando pílulas, por exemplo, desencana de encapar o meninão. Na boa, gravidez é o mais remediável dos problemas! Pílulas do dia seguinte estão aí pra qualquer descontrole. Mesmo assim deu merda? Pode-se optar por ter o filho ou, não sejamos hipócritas, procurar uma boa clínica que (des)faça o serviço com rapidez e segurança por uma módica quantia, tem um monte delas espalhadas por aí. 

Não sou a favor nem contra o aborto. Com a graça de Deus e da camisinha nunca passei este tipo de apuro, mas defendo o direito da mulher decidir se quer ou não colocar um filho no mundo no caso de uma gravidez fora dos planos. Sem contar que há homens que não merecem ter a genética multiplicada, sem mais. Mas géntem, pra que dar chance pro azar? Camisinha é grátis em qualquer posto de saúde!

Pra completar, o índice de transmissão do HIV é altíssimo nas relações ditas estáveis, quanto mais o de cândidas, gardnerelas e adjacências, poizé. Geral sai pulando a cerca por aí, NO PELO, e volta pra casa cheia de surpresinhas atômicas em seus instrumentos. Que se fodam, literalmente, os parceiros. Tem até bofe casado (hétero?) dando – ou comendo, não necessariamente nessa ordem - o rabo por aí que eu sei. É o samba do criolo doido, minha gente! Protejam suas entradas e saídas!

A dinâmica da vacilada, basicamente, é sempre a mesma: na hora do vamuvê, do tome-lhe tome-lhe, do tibich-tibich, o indivíduo portador de pau, salvo raras exceções, pensará apenas com a cabeça do mesmo. Essas rosadas, suculentas, porém acéfalas cabeças - vejam que contradição! -, tentarão adentrar nossos receptáculos tal como vieram ao mundo. [Aproveito para fazer um adendo. Homens queridos, desejados e necessários nas horas vagas: CIRCUNCISAI-VOS!]. 


As mulheres, por sua vez, tomadas pelo tesão cego e perigo iminente, com alguma resistência, cu doce ou mea culpa, culminarão (ui!) por afastar suas pernas em grau suficiente para serem atacadas pela venenosa cobra coral.      “– Vou colocar só a cabecinha”, eles costumam dizer. Malditas palavras-chave!

É como eu disse ali no começo. Quem nunca vacilou, que atire a primeira pedra. Que mulher nunca comemorou uma chegada de menstruação ao melhor estilo “Thank’s GOD!”? Uma vez, vivendo dias de angústia profunda, quase beijei o papel higiênico quando avistei o tão esperado borrãozinho vermelho! Que obra-prima! Portinari? Não, Postinor (quem conhece põe o dedo aqui!).

O que eu quero dizer com tudo isso é que é cada vez mais importante que homens e mulheres se conscientizem da essencialidade do uso dos preservativos. Ir à ginecologista e fazer exames regularmente é tão essencial quanto. É através do diagnóstico da DST na mulher que se descobre que o bofe também tem que ser medicado, se for o caso! 


Eu ainda cometo um pecado grave, não consigo chupar bala com papel, embora já tenha sido alertada uma milhão de vezes pela minha gineco, e por conta disso já devo ter cantado/estar cantando em muito microfone bichado por aí, poizé. Mas na hora do rala-e-rola, não tem negociação! Sexo bom é sexo seguro. Sem touquinha, não entra!