A que pontos chegamos, minha gente! Quando acho que já vi de um tudo nessa vida, no auge dos meus 28 anos de profunda (ui!) pesquisa sobre o gênero masculino, eis que surge algum indivíduo que me surpreende com suas bizarrices. O nome do episódio de hoje é: Homem em abstinência perde a noção. Realizem: meu amigo, brother desde os tempos da faculdade, num domingo chuvoso e entediante, resolve cheirar peido e, num ato de evidente desespero, recorre a um booty-call inusitado, uma espécie de correspondente feminino do pinto-amigo: the pussy-call. A filosofia da nova modalidade de telefonema é: na ausência de peguetis, uma amiga serve, afinal, o que não é a amizade senão ajudar os amigos necessitados, não é mesmo, minha gente?! Vocês imaginem minha cara de hein?! quando o cidadão, sem rodeios, foi direto ao assunto: “Não quero dormir em casa hoje... dorme comigo, a gente pode ir em algum motel perto da sua casa”. [Mode Acuma? ON] Hellow, querido, a gente sequer se beijou direito na vida (ok, meninas, eu confesso, um beijinho chinfrin no portão de casa, depois que ele me acompanhou a pé da facu até lá e oe? isso faz uns cinco anos!), você é meu amigo, já te disse que não sinto a mínima vontade (e patacaparau, como ele é insistente!). Nunca tive coragem de admitir pra ele que odiei o beijo e, principalmente, que foi naquele momento que sepultei qualquer futuro sexual que pudesse haver entre nós (beijo ruim = sem chance). Na época, até passei ele para frente para uma amiga, afinal, o lixo de uma pode ser o tesouro da outra (filosofia barata by SATC). Tive ótimas referências da performance (leia-se batuta e maestro) do cristão e, ainda sim, curiosidade zero de atestá-la in loco. E ele continua: “Por favor, vamos, você não tem nada a perder, se esforça em dez por cento que o resto eu garanto”. [Mode Acuma²? ON] Meodeos, ele cheirou peido mesmo, e dos bons!! Já esgotados minha paciência e o repertório de desculpas educadas, contei até dez e saí pela tangente: “Me dá meia hora que eu vou pensar e te ligo”. “Promete?” “Prometo” (Gente, eu não agüentava mais! Foi tudo que eu pude pronunciar antes que mandasse o sequelado lá pra casa do Carvalho*). Como promessa é dívida, apesar da indecência da proposta, liguei depois de dez minutos para dar minha posição (ui!) final: “Não vou ficar te enrolando. Não rola. Eniá-ótiu errió-éliá. Vamos mudar de assunto ou foi só pra isso que você me ligou?”. Ele, sem se dar por vencido, capricha na entonação sexy: “Ta deitada já? Ta vestindo o quê?”. Eu: “tu, tu, tu...”.
M-E-D-O!
Meu filho, o título deste post é pra você! Respira fundo e vai!
*A casa do Carvalho é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, para onde nós, mulheres bem-resolvidas, mandamos todos os indivíduos do sexo masculino desprovidos de qualquer senso de ridículo, entre outras incapacidades.
*A casa do Carvalho é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, para onde nós, mulheres bem-resolvidas, mandamos todos os indivíduos do sexo masculino desprovidos de qualquer senso de ridículo, entre outras incapacidades.
Muito boa... beijo ruim é = a sem chance... huahuaha
ResponderExcluirbeijoooooooooooooooooooooooooooo