A velha máxima que diz que quem não dá assistência, abre concorrência e perde a preferência não existe por acaso. Relações afetivas seguem a mesma lógica das leis de marketing e, vamu combiná?, o mercado está cada vez mais dinâmico. Sempre vai ter alguém interessado naquilo que o outro dispensou ou que, por mera displicência ou negligência mesmo, não deu o devido valor e aí, meu bein, pode ser tarde demais. Deixando a modéstia de lado, posso dizer que os últimos meses têm sido muito generosos comigo, tanto em qualidade como em quantidade de elementos do sexo oposto. Muitas degustações, experiências ora mais felizes, outras menos, como não poderia deixar de ser, mas com um índice de renovação que me permitiu passar pelas não tão felizes sem tempo para maiores traumas. Quando algum bofe se ia, na seqüência eu já tinha um novinho em folha para desbravar e me “consolar”. Com a auto-estima em alta, o magnetismo também aumenta, e então, o estoque de lanchinhos tende a aumentar, numa espécie de progressão geométrica. Homem sente cheiro de homem, não é possível! O cheiro de outro macho na fêmea deve aguçar o instinto primitivo de competição entre os homens, só pode. Acontece que, no meio dessa oferta toda, sempre aparece um maldito filho-da-puta pelo qual a gente desenvolve maior afeição. Na verdade, este é mesmo o objetivo central de toda a busca feminina: encontrar esse cara que, por motivos nem sempre lógicos, se diferencia dos demais e faz nascerem as famosas borboletas no estômago. É então que você passa a hierarquizar sua despensa, criando uma escala de prioridades, pra ver se ele se estabelece como único. O eleito sempre terá preferência em sua agenda, na chamada em espera do seu celular, no torpedo da madrugada, na atenção dedicada via MSN, entre outras ferramentas que só servem para aumentar nossa ansiedade. E mesmo que todos os outros juntos encham sua bola, nada vai se comparar a uma migalha de atenção que o bofe prioridade venha a te dar. Se houver reciprocidade, maravilha. Agora, se não houver... o bofe prioridade que se prepare, pois será o homem mais chifrudo que essa terra já viu. Se achando por cima da carne seca, ele nem irá imaginar o que aquela mulher tão disponível e apaixonada apronta nos bastidores obscuros da paixão mal-correspondida. Uma mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres, podem apostar, e, repito, o mercado nunca esteve tão propício. Então, meu caro, se você encontrou uma mulher que valha a pena, cuide, regue, cultive, seja merecedor do que ela tem para oferecer. Confie menos no seu taco; existem incontáveis outros tacos cheios de amor pra dar – entendeu o trocadilho? - e que enxergam o que você, por comodismo ou excesso de confiança, não vê, trouxa!
P.S.: Dedico este post ao atual bofe prioridade da minha vida, cuja prioridade está em risco. Digamos que, por um ato de benevolência, eu tenha lhe concedido mais uns dias de chance, antes de me dedicar verdadeiramente aos gostosos que estão na fila de espera e que eu venho experimentado periodicamente, nos momentos em que a assistência do idiota deixa a desejar.
P.S.2: Como diria o meu adorado Wilson Simonal, todo homem que vacila, a mulher passa pra trás, em ritmo de samba-rock, na balada de samba-rock, no bar da esquina, na padaria, na fila do banco, tantufáz. O importante é alimentar cada centímetro da galhada do cornélio, que precisa aprender a cuidar e a manter a mulher que tem, mesmo que com métodos subliminares e pouco ortodoxos.
P.S.3: Cochilou, cachimbo cai. Sempre tem alguém esperando você se distrair pra dar uma garfada na sua marmita, ô se tem. Ah, e que vai achar o rango um banquete! =)
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