quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Monografia Interminável

Coerência e amor não combinam. Esta deveria ser mais uma das verdades universais. Ele é um cafa assumido, diz que vai ligar e não liga, não te manda flores, não te dá presentes, às vezes nem a conta ele paga, e, porque, mulher, você continua apaixonada por esse traste? Sexo? Você não se contentaria com tão pouco… O fato é que relacionamentos nitidamente fadados ao fracasso, ao invés de nos afugentar, o quê seria o lógico, viram uma espécie de desafio, pelo menos para loucas como eu. Adoro um cafa! A idéia de domesticar um cachorro incorrigível é reconfortante. O problema é que, a duras penas, descobri que conseguir esta façanha é tão fácil quanto ganhar na megasena! Não se engane, querida, um cafa é um cafa e ele nunca vai mudar por você, e é justamente aí que está o fascínio que eles exercem! Se fosse fácil conquistá-los, que graça teria? Na iminência de conquistar um cafa, procure outro, porque se um cafa é passível de ser conquistado, ele não é um cafa puro-sangue! Um homem cafajeste é a pior (e a melhor) espécie com quem você pode se relacionar. Mentirosos, dissimulados, infiéis, mas irresistíveis, dá pra entender? Quando percebemos, estamos irremediavelmente apaixonadas… Até que administrar um (ou vários) cafas não é um problema tão grande… dependendo da quantidade de disk-pizzas que você tiver na sua agenda, pode até ser uma tarefa divertidíssima, mas aqui vai um alerta: nunca tenha apenas um cafa na sua vida! O reserva é fundamental! Na ausência de um, tem o outro e, além disso, você divide sua atenção, emoção e disposição com ambos! Quanto mais, melhor! Este é o segredo da adoradora de cafas bem-sucedida!
Mas há casos de cafas mais complicados… existem os cafas comprometidos, cuja namorada consegue ser ainda mais trouxa do que você! Sim! Isso é possível!! Aconteceu comigo recentemente, vou me explicar! Numa dessas fases desencanadas da vida, quando eu decidi “me fechar para balanço” (um aparte: é nestas fases, quando não estamos nem aí, que costumam chover homens, até falecidos ressuscitam!) eis que conheço um rapaz, porque não dizer, interessante. Negro, alto, cabelo black power, dentes perfeitos, justamente o que eu estava precisando para minhas experimentações multi-raciais (tinha acabado de degustar um japa). Devo admitir que a raça afro-brasileira é bastante favorecida, tanto em tamanho quanto em desempenho. Bom, pelo menos pra quem saiu de um japa, é um belo avanço! Resultado: aquele trato na lataria, intensivo e viciante! 3 meses de pura malhação… Tudo muito bom, tudo muito bem, bom demais pra ser verdade, aliás… é quando meu celular toca… era a corna que eu, JURO, nem sabia que existia! Regra universal II: nunca peça satisfações para um cafa! Ele nunca lhe dará informações conclusivas. Das duas, uma: ou você se conforma em ser a outra, ou procura o próximo cafa da lista. O problema é que eu violei a regra nº 1 da adoradora de cafas bem-sucedida: não tinha um segundo cafa! Pelo menos um interessante o suficiente para ser o substituto! Continuei saindo com o bofe, e foi neste estágio que descobri a característica que garante a supremacia dos homens no quesito afetivo. Um homem, quando descobre que está sendo traído, enche o meliante de porrada e nunca mais quer olhar pra cara da vaca. A mulher não! Ela esquece (ou finge que esquece) que o cara é um FDP e compra briga com a outra trouxa. Senhoras e senhores, no ringue: trouxa oficial X trouxa outra, corna assumida X a corna conformada. Aí começa a guerra que, para o cafa, é uma delícia, mais que cômoda. Duas mulheres brigando por ele, não é o máximo, minha gente? Se a trouxa oficial for feia, aí, então, é que você se encoraja pra briga! O problema é que nesta luta, nem sempre há uma vitoriosa. Vitorioso mesmo, só o canalha. De qualquer forma, agora é uma questão de honra. Pretendo continuar na luta, até nocautear a vaca, ou até achar uma nova espécie de cafa para minha monografia interminável sobre a raça masculina. Quem sabe um albino? Que venha o próximo!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Meu Pintinho Amarelinho

Não vou aqui ficar defendendo teses ou teorias evolutivas sobre o tamanho dos pênis ao redor do mundo, mas que pinto de japonês é pequeno, ah, isso é! Pelo menos eu degustei uma isca e o que é pior, fast-food! Você conhece aquela vinheta da Globo, o TOP de 5 segundos? Pois então, esse foi o tempo que durou a minha noite (noite é bondade, né) de sexo com o pintinho amarelinho. Vamos começar do começo. Preliminares: ô coisa sem graça! Melhor comer uma caixinha de deditos de chocolate, que é do mesmo tamanho e espessura, mas proporciona muito mais prazer! Só dei um desconto pro japa porque, thanks God, o tamanho da língua não varia entre as raças, né, gente? Ufa, pelo menos isso! Já eu, não podia (nem queria) retribuir (retribuir o quê?). Fiquei com medo do amendoinzinho se perder na vastidão da minha cavidade oral. Agora, vamos ao ato. Foi mais ou menos assim: “Atenção emissoras da Rede Globo para o Top de 5 segundos. Cinco, quatro, três, dois, um”. Quando eu estava começando o aquecimento, entenda-se, quando o mini-hashi estava começando a fazer cócegas, o indivíduo nipônico levanta e vai ao banheiro. Pensei, “ah, ele deve ter ficado com vontade de fazer xixi”. Que nada! Ele voltou, deitou na cama e ainda dormiu abraçadinho comigo! Não é lindo? Ainda é romântico o egoísta fdp! Olha, gente, pode até ser que tamanho não seja documento, desde que funcione, né? Adoooro uma comida japa, mas, agora, só em outro restaurante, porque, definitivamente, esse sushi não matou minha fome! A busca ao temaki continua!      

Se você conhece um pintão oriental, denuncie!

O maioral entre os babacas

Típico burguesinho que se acha. Some-se a isso o currículo perfeito para o cargo de “genrinho da mamãe” – duas graduações (medicina e engenharia civil), mais uma posição de destaque na carreira pública municipal – e o cara se considera a própria cereja do bolo. Gatinho, até. Um tanto baixinho, pançudinho, mas com uma postura de homenzinho precoce (27 aninhos, pode?) que me seduziu, confesso. E com defeitos mais graves que eu viria a descobrir depois. Nos conhecemos de maneira pouco convencional. Viajei a trabalho para um evento que reuniu delicinhas de todo o Brasil. Nos apresentamos, trocamos contatos, mas a aproximação não passou disso nos dias que se seguiram. De volta às nossas respectivas cidades (muitos quilômetros nos separam), foi aí que a palhaçada começou. Incontáveis torpedos, telefonemas, encantamento, promessas, juras de amor. O enredo perfeito para uma romântica incurável como eu. Em menos de um mês eu já estava de malas prontas pra passar uns dias com o bofe na cidade dele: era a hora da verdade, porque, né?, falar até papagaio fala. Fui lá ver qualé que era, o cara vendeu bem o peixe e, de mais a mais, eu estava de férias e iria conhecer uma cidade nova. Parti pro abraço em suaves prestações!
Aquela ansiedade monstra e, às sete da manhã de uma sexta-feira, eu estava desembarcando no aeroporto de uma capital brasileira qualquer. De cara, fui recepcionada com um demorado beijo logo no saguão, antes mesmo que eu pudesse pronunciar uma única palavra. Senti aquele leve bafinho de uma pessoa ao acordar, mas relevei; não ia deixar que um detalhe (oe?) como esse arruinasse o meu ideal de romance. Seguimos para o hotel, que ele fez questão de providenciar e, enquanto ele voltava ao trabalho, eu tirei aquela soneca revigorante, fundamental depois desses destruidores voos da madrugada. Almoçamos num simpático restaurante, visitei pontos turísticos da cidade, estava realmente encantada, nem me lembrava mais do bafo. Sou dessas que apaixona fácil, aliás, já cheguei lá bastante envolvida, dietas a base de capim são a minha especialidade! À noite, fomos a um barzinho badalado. Na entrada, ele encontrou alguns conhecidos e não demorou para que sentássemos todos juntos, confraternizando ao melhor estilo casalzinho. Vários submarinos depois (mistura de chopp com uma dose letal de conhaque), e voltei para o hotel soltinha e com o bofe a tira-colo. Cedo ou tarde iria rolar, néam? E acabou rolando na primeira noite. Esperava um potencial muito maior, se é que vocês me entendem, e o amigo também andava precisando de uma “aparada” nas partes baixas (fica a dica), mas tudo aconteceu dentro da normalidade de uma primeira vez. Acordei com uma ressaca daquelas, mas não neguei fogo para as “cutucadas” matinais. O menino despertou a ponto de bala!
Intimidade aumentando, características se revelando. Identifiquei no moço aquela performance típica de punheteiros aficionados em pornografia, com uma pegada mais rústica e besteirenta. Não é bem meu estilo, mas entrei no clima. De repente, visualizo a cena mais bizarra do meu repertório sexual nos últimos tempos: o cara de quatro, me oferecendo todo o seu rabo de bandeja. E agora? Dar uma de puritana nessas horas, como faz? Missão dada é missão cumprida! Respirei fundo (antes de me aproximar da região, é claro) e fui lá dar aquele trato no períneo do gato. Se ele estava esperando uma dedada ou uma lambida na portinha traseira, ia ficar pruma próxima, de preferência depois da aparada nos pelos sugerida ali em cima. Peludinho gozou gostoso e eu fiquei satisfeita, sem mais.
Museu, restaurante japonês, sobremesa, clima de romance, apresentação pros melhores amigos, presentinhos, passeios e mais passeios, o que mais eu poderia querer?
Foi quando um papel caído no banco do carro entregou: enquanto eu cruzava distâncias para encontra-lo e fazia conexões naquele voo cruel da famigerada madrugada de sexta-feira, o filho da puta estava comendo alguma outra otária (vamos dar as mãos?) num motel qualquer da cidade. Foi um duro golpe na minha paixonite! Por mais que não tivéssemos nada sério, o cara me envolveu numa trama de promessas e falácias que me faziam acreditar que, sim, era especial. Pra completar, rolou um sumiço muito suspeito na noite de sábado. Com a desculpa de “acudir a mamãe”, o cara me abandonou numa balada com os amigos por inacreditáveis duas horas e meia! Vou duvidar, dizer que está mentindo? O que fazer com a informação quando se tem mais três dias de viagem e seis parcelas de tarifa aérea no cartão de crédito pra pagar? Brochada e com o brilho apagado dos olhos, eu ia ter que encarar, embora eu tenha pensado em voltar no voo mais próximo. No dia seguinte, a “redenção”. Sem mais nem porquê (culpa, talvez?), o nanico manipulador me levou pra almoçar com a mãe. De quebra já conheci a cunhada. As nuances de romance ressuscitaram, trouxa que sou. Adorei as duas, e fui muito bem recebida. Sogrinha também se encantou, e já queria que eu me mudasse pra lá. Passei de trouxa enganada à namorada eleita em instantes! Ganhei até escova de dentes, vê se pode! Novo almoço e foi a vez de conhecer o pai, família reunida, não é lindo? Eis que a hora de voltar pra casa chegou e, com um aperto no peito, eu arrumei as malinhas certa de que, apesar dos pesares e dos evidentes indícios de filha-da-putagem, minha ida tinha valido a pena. Mais uma semaninha de romance à distância e tudo mudou. As mensagens apaixonadas se converteram em abordagens de sacanagem. “Me chupa”, “bati uma pra você” e “to sonhando em comer seu cu” foram as frases mais fofas que eu recebi desde então. Até um vídeo dele batendo punheta em estágio “meia-bomba” eu tenho na memória do meu celular. Publico ou não publico (mãos se esfregando maquiavelicamente)? Meu filho, se era só pra meter, eu não precisava ter me deslocado tanto! Conterrâneos querendo me comer têm aos montes!
Esse aí merece o título de maioral. Entre os babacas! E foi assim que o meu romance acabou muito antes que as minhas prestações. Poizé.


Nunca é demais lembrar.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Disk Denúncia

Meus orgasmos com o chuveirinho não tem sido nenhum pouco ecologicamente corretos, confesso.

Uma mulher deve estar sempre preparada!

Nada como a vida de solteira. Você volta pro mercado e as ofertas começam a reaparecer. Dois ou três bofes novos para administrar, uma delícia! É claro que sempre tem aquele que é prioridade – os outros a gente deixa cozinhando em banho-maria pra hora que der aquela fominha básica, hehehe. Ontem fui me encontrar com o tal prioridade. Loucura de homem, jesuis! Passo mal! Como com ele eu tenho pretensões futuras, não pensava em ir liberando logo de cara (estamos saindo só há quinze dias). Apostei no infalível (até parece!) método anti-concepcional da pré-história: pêlos! Some-se a eles uma calcinha velha e a visita do Sr. Francisco, e pronto! Eu estava me sentindo imune a qualquer possibilidade de transa. Acontece que o que era pra ser uma cervejinha despretensiosa acabou vocês já sabem onde, neam? Poizé! Visualizem: eu e o bofe, naquele clima diliça e, por baixo das calças, monga, a mulher macaca, usando a calcinha cor de vó que os homens tanto odeiam. É claro que o Chico acabou sendo a desculpa utilizada, mas quando o bofe disse que não tinha problemas com isso, a situação começou a se complicar pro meu lado. Resultado: eu disse que não me sentia à vontade pra fazer sexo “ao molho” (pelo menos não na primeira vez!), dei uma de dominadora e comecei a judiar do moço. Beijinho aqui, beijinho ali, mão naquilo, aquilo na mão… e foi o que rolou.  Lição número um: essa história de não sair depilada ou usar calcinha ao estilo Bridget Jones pra não dar nunca funciona. A coisa vai acabar rolando e você vai pagar mico. Lição número dois: se você não quer liberar logo de cara, não faça o resto também. Não tem coerência nenhuma cantar no microfone e não sentir a potência do som. Por isso, meu bein, esteja sempre preparada. A gente nunca sabe quando aquele bofe irresistível vai te fazer mudar de idéia. Agora deixa eu correr que tenho hora na depiladora! Fui!

Vai pro fim da fila!

Vamos combinar que tem cara que perde oportunidade de fazer bonito gastando pouco, neam? Olha, não sou destas que fazem cara de paisagem quando chega a conta, nem acho que o cara tem a obrigação de me bancar. Muito pelo contrário, sempre me ofereço pra dividir e tals, e confesso que passei boa parte do meu último relacionamento bancando o desgraçado (vai um capinzinho aí?). Mas custa fazer bonito no primeiro encontro? Principalmente se a conta daquela merda do Fran’s Café (Fran’s Café!!!!) der R$18 (dezoito reais!!!)??? Resultado? A otária aqui dá 10 reais e o mão-de-vaca completa com 8. A minha vontade era dizer “não precisa, eu pago”, só pra ver se, assim, o cara se mancava. Brochei total. Repito, não acho que isso seja determinante numa relação, nem estou buscando um homem pra pagar as minhas contas (ganho meu sagrado dinheirinho, com a graça de Deus e do meu trabalho!), mas um pingo de gentileza sempre vai bem, obrigada! Porra, dividir cafezinho já é demais!! Ainda mais se a conta em questão tem apenas dois dígitos da primeira casa decimal! Querem saber? Certas estão aquelas que se fazem de samambaia quando chega a conta! É pra essas que homem dá valor! A gente quer dar uma de muderna e só se fode. Meu lema agora é: Convidou? Pagou. Se não tem dinheiro, fica em casa! Mulher é um investimento e custa caro. Sei que esse assunto é um tanto controverso, e que são várias as opiniões a respeito (e é claro que quando se namora, a história é outra, mas isso tbm é assunto para um outro post), mas a maneira como um homem se comporta em relação a dinheiro diz muito a seu respeito e sobre suas intenções, e a primeira impressão é a que fica. Veja bem, não sou machista, sou uma lady. Não vou gastar meu perfume francês com quem não tem cacife pra me pagar um café. Esse aí voltou pro fim da fila… darling, beijo, tchau, passa amanhã!

Quizz

Como será que os homens de pinto pequeno lidam com esta triste realidade?
O que eles responderam:
a) não existe pau pequeno, a buceta que é grande demais;
b) o que importa é a mágica, não o tamanho da varinha;
c) pra quem gosta de amendoim é um prato cheio;

d) nunca me aconteceu isso antes.

Leis de Mercado

A velha máxima que diz que quem não dá assistência, abre concorrência e perde a preferência não existe por acaso. Relações afetivas seguem a mesma lógica das leis de marketing e, vamu combiná?, o mercado está cada vez mais dinâmico. Sempre vai ter alguém interessado naquilo que o outro dispensou ou que, por mera displicência ou negligência mesmo, não deu o devido valor e aí, meu bein, pode ser tarde demais. Deixando a modéstia de lado, posso dizer que os últimos meses têm sido muito generosos comigo, tanto em qualidade como em quantidade de elementos do sexo oposto. Muitas degustações, experiências ora mais felizes, outras menos, como não poderia deixar de ser, mas com um índice de renovação que me permitiu passar pelas não tão felizes sem tempo para maiores traumas. Quando algum bofe se ia, na seqüência eu já tinha um novinho em folha para desbravar e me “consolar”. Com a auto-estima em alta, o magnetismo também aumenta, e então, o estoque de lanchinhos tende a aumentar, numa espécie de progressão geométrica. Homem sente cheiro de homem, não é possível! O cheiro de outro macho na fêmea deve aguçar o instinto primitivo de competição entre os homens, só pode. Acontece que, no meio dessa oferta toda, sempre aparece um maldito filho-da-puta pelo qual a gente desenvolve maior afeição.  Na verdade, este é mesmo o objetivo central de toda a busca feminina: encontrar esse cara que, por motivos nem sempre lógicos, se diferencia dos demais e faz nascerem as famosas borboletas no estômago. É então que você passa a hierarquizar sua despensa, criando uma escala de prioridades, pra ver se ele se estabelece como único. O eleito sempre terá preferência em sua agenda, na chamada em espera do seu celular, no torpedo da madrugada, na atenção dedicada via MSN, entre outras ferramentas que só servem para aumentar nossa ansiedade. E mesmo que todos os outros juntos encham sua bola, nada vai se comparar a uma migalha de atenção que o bofe prioridade venha a te dar. Se houver reciprocidade, maravilha. Agora, se não houver... o bofe prioridade que se prepare, pois será o homem mais chifrudo que essa terra já viu. Se achando por cima da carne seca, ele nem irá imaginar o que aquela mulher tão disponível e apaixonada apronta nos bastidores obscuros da paixão mal-correspondida. Uma mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres, podem apostar, e, repito, o mercado nunca esteve tão propício. Então, meu caro, se você encontrou uma mulher que valha a pena, cuide, regue, cultive, seja merecedor do que ela tem para oferecer. Confie menos no seu taco; existem incontáveis outros tacos cheios de amor pra dar – entendeu o trocadilho? - e que enxergam o que você, por comodismo ou excesso de confiança, não vê, trouxa!

P.S.: Dedico este post ao atual bofe prioridade da minha vida, cuja prioridade está em risco. Digamos que, por um ato de benevolência, eu tenha lhe concedido mais uns dias de chance, antes de me dedicar verdadeiramente aos gostosos que estão na fila de espera e que eu venho experimentado periodicamente, nos momentos em que a assistência do idiota deixa a desejar.

P.S.2: Como diria o meu adorado Wilson Simonal, todo homem que vacila, a mulher passa pra trás, em ritmo de samba-rock, na balada de samba-rock, no bar da esquina, na padaria, na fila do banco, tantufáz. O importante é alimentar cada centímetro da galhada do cornélio, que precisa aprender a cuidar e a manter a mulher que tem, mesmo que com métodos subliminares e pouco ortodoxos.

P.S.3: Cochilou, cachimbo cai. Sempre tem alguém esperando você se distrair pra dar uma garfada na sua marmita, ô se tem. Ah, e que vai achar o rango um banquete! =)

Senta em cima da mão, espera formigar, e bate!

A que pontos chegamos, minha gente! Quando acho que já vi de um tudo nessa vida, no auge dos meus 28 anos de profunda (ui!) pesquisa sobre o gênero masculino, eis que surge algum indivíduo que me surpreende com suas bizarrices. O nome do episódio de hoje é: Homem em abstinência perde a noção. Realizem: meu amigo, brother desde os tempos da faculdade, num domingo chuvoso e entediante, resolve cheirar peido e, num ato de evidente desespero, recorre a um booty-call inusitado, uma espécie de correspondente feminino do pinto-amigo:  the pussy-call. A filosofia da nova modalidade de telefonema é: na ausência de peguetis, uma amiga serve, afinal, o que não é a amizade senão ajudar os amigos necessitados, não é mesmo, minha gente?! Vocês imaginem minha cara de hein?! quando o cidadão, sem rodeios, foi direto ao assunto: “Não quero dormir em casa hoje... dorme comigo, a gente pode ir em algum motel perto da sua casa”. [Mode Acuma? ON] Hellow, querido, a gente sequer se beijou direito na vida (ok, meninas, eu confesso, um beijinho chinfrin no portão de casa, depois que ele me acompanhou a pé da facu até lá e oe? isso faz uns cinco anos!), você é meu amigo, já te disse que não sinto a mínima vontade (e patacaparau, como ele é insistente!). Nunca tive coragem de admitir pra ele que odiei o beijo e, principalmente, que foi naquele momento que sepultei qualquer futuro sexual que pudesse haver entre nós (beijo ruim = sem chance). Na época, até passei ele para frente para uma amiga, afinal, o lixo de uma pode ser o tesouro da outra (filosofia barata by SATC). Tive ótimas referências da performance (leia-se batuta e maestro) do cristão e, ainda sim, curiosidade zero de atestá-la in loco. E ele continua: “Por favor, vamos, você não tem nada a perder, se esforça em dez por cento que o resto eu garanto”. [Mode Acuma²? ON] Meodeos, ele cheirou peido mesmo, e dos bons!! Já esgotados minha paciência e o repertório de desculpas educadas, contei até dez e saí pela tangente: “Me dá meia hora que eu vou pensar e te ligo”. “Promete?” “Prometo” (Gente, eu não agüentava mais! Foi tudo que eu pude pronunciar antes que mandasse o sequelado lá pra casa do Carvalho*). Como promessa é dívida, apesar da indecência da proposta, liguei depois de dez minutos para dar minha posição (ui!) final: “Não vou ficar te enrolando. Não rola. Eniá-ótiu errió-éliá. Vamos mudar de assunto ou foi só pra isso que você me ligou?”. Ele, sem se dar por vencido, capricha na entonação sexy: “Ta deitada já? Ta vestindo o quê?”. Eu: “tu, tu, tu...”.

M-E-D-O!

Meu filho, o título deste post é pra você! Respira fundo e vai!


*A casa do Carvalho é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, para onde nós, mulheres bem-resolvidas, mandamos todos os indivíduos do sexo masculino desprovidos de qualquer senso de ridículo, entre outras incapacidades. 

Clichês de um cafa

Meninas, acreditem, todos os clichês abaixo foram proferidos numa única conversa de MSN. Deixem-me situá-las: conheci esse bofe numa baladinha, beijei horrores e, cinco horas depois e já com caimbra nos lábios, ele me conta que namora o FDP!!! Até aí, FODA-SE, eu já tinha beijado mesmo, uma química do carái, ui!, a balada já estava no fim, eu ia dormir feliz, breaca e satisfeita. Nem me dei ao trabalho de trocar telefone com o desgraçado! Pra mim, tinha começado e acabado ali mesmo, afinal, de homem comprometido eu quero distância! [Play: nunca é demais repetir: terapeuta querida, EU TE AMO! Stop]. Saldo do final de semana favorável, segunda-feira feliz e contente. Chego no meu trabalho e o telefone toca. Adivinhem quem era? O próprio! Sabem aqueles papos furados que só atrasam a pegação? Pois então, comentei com ele o nome da empresa em que trabalho e tals… e o cara me achou! Confesso que gostei do interesse e ousadia. Trocamos msn e foi aí que a palhaçada começou. Selecionei os melhores (ou seriam piores?) trechos pra vocês, with comments! Esse aí se superou no quesito óleo de peroba! Vamos lá:

He says: gatinha, vc já deve ter lido… (meu bem, vamos combinar uma coisa? Gatinha é o ó! Quantos anos você tem?)
He says: não importa o tempo (e eu acrescento “nem o modo como acontecem”) que as coisas duram, mas sim a intensidade que há nelas (essa frase é a TOP 10 dos clichês. Próxima!)
He says: inteeeeeeenso desejo por vc (alguma novidade?)
He says: gatinha (de novo nããão!)
He says: posso dizer que desde que te conheci jah não me pertenço (essa foi profunda! Doeu no baço!)
He says: vc rí das coisas que saem do meu coração! (desde que não sejam gases…)
He says: se vc não fosse tão doce, seria amargo isso pra mim mas, sempre que quiser, destilo minha paixão por vc, que pode fazer um gênero e dizer que são só palavras ao vento… pq o amor, tudo espera, tudo suporta, tudo crê. Não se ufana em ciúmes, não entra em discussões vazias… (Chico Xavier?)
He says: eu vou continuar te seguindo, imaginando por onde vc vai. I’ll be watching u (every breath you take…)
He says: poatz! falar nisso, viu que The Police toca no Rio em dezembro?! vamos!? (Polícia? Onde?)
He says: imagine? eu, vc, Ipanema, The Police, Grumari, Prainha, Macumba, Itacoá, posto 9, posto 6, Leblon (ok, dessa parte eu gostei)
He says: vc é um universo inteiro pra mim, gatinha (e ele insiste no gatinhaaa!)
He says: cada piscadela tua, vai ser uma aventura nova (são 15 piscadelas por minuto, 20 mil por dia, segundo o Yahoo Respostas. Vai encarar?)
He says: te quero mais que lasagnaaaaa, mais que de Häagen-Dazs de Macadâmia. Vc deixa os dois parecendo souflet de jiló (hahahaha, essa ganhou pela criatividade. Parabéns, Garfield! De onde ele tirou isso, minha gente?)
He says: nunca disse que fico bobo do teu lado, disse?! Inebriado, embriagado (cuidado com a cirrose!)
He says: vc não tem limites no alcance do teu charme e da graça que tem (dá-lhe xaveco!)
He says: o que vc escreve, as coisas que diz, sua voz, a memória que tenho de vc comigo, vc eh única (eu e a torcida do Flamengo, cachorro!)
He says: acha que eu deixaria vc passar assim por mim? (realiza, meu bein, quem disse que eu quero?)
He says: vou te prender na minha cama (isso me lembra música sertaneja…)
He says: e na sala, e no banheiro e em todos os lugares que eu for (agora é Wando. Ui!)
He says: e não sou eu superlativando vc
He says: é vc subestimando minha capacidade de perceber o qüão especial vc eh (profissa, né, géntem?)
He says: contanto que sua boquinha esteja bem perto da minha
He says: e seu cheirinho
He says: e seu rostinho pra eu ficar admirando
He says: e me apaixonando
He says: tudo bem! (o cara namora e ainda diz que quer ficar se apaixonando. É muita filha-da-putagem!)
He says: não percebeu como fiquei caidinho por vc? (te ajudo a levantar. Dá a mão aqui!)
He says: vc acha o que? que quero só ter vc por ter? (of course, my horse!)
He says: não percebe que to caidinho, maluquinho, super encantado contigo?
He says: só não me descarte sem me dar a oportunidade de mostrar pro que vim (faremos o quê? Um mennage?)
He says:  vc me inspira, traz à tona mta coisas boa que nem sabia que tinha
He says: vc eh uma coisa!
He says:  vc virou minha cabeça naquela noite (como é enxergar de costas?)
He says:: ando suspirando… sabe o que é isso, né?!
He says: vc tem superaquecido meu coração e pra resfriar… suspiros (humm… com morangos?)
He says: amorzinho (amorzinho é foda! Pegou pesado, fófis!)
He says: vc eh terrivelmente incrível (I know, darling… Gradicida!)
Resultado: no dia seguinte, bloqueei o desgraçado, antes que eu me apaixonasse de vez… sabem como é, tirei a alfafa da minha dieta. Pelo menos, estou tentando! 

Sansão é o cara!

Pra mim, a invenção do milênio funciona com duas pilhas pequenas ou meras baterias de relógio. Isso depende do modelo escolhido mas, no final, a satisfação é a mesma e, o que é melhor, garantidíssima! Toda mulher que se preza deveria ter um.
Acontece que por desconhecimento ou preconceito, muitas não exploram as potencialidades do pequeno (mas ultra-potente!) provedor de deliciosas e incontáveis (!!!) descargas de 244 mini-volts.
Até aquela tia encalhada e virgem reveria seus conceitos na hora em que se libertasse de seus moralismos retrógrados e se rendesse ao prazer que toda mulher pode, e deve, proporcionar a si mesma.
O meu, apelidei de Sansão. Ele não tem forma de batom – opção das mais discretas -, e, por simples falta de verba, também não é o rabbit que eu tanto queria, mas devo admitir que me surpreendi com a capacidade da minha pequenina réplica fálica que custou meros 40 reais num sex shop xexelento da Amaral Gurgel. Com as pilhas genéricas opcionais, R$ 43.
Minha gente, que loucura! Quem nunca usou nem imagina o efeito avassalador que um simples motor fora de eixo, revestido das mais variadas formas, cores e tamanhos pode causar na parte mais sensível do corpo feminino. Nem a língua mais hábil do planeta seria capaz de proporcionar tanto prazer e tantas interjeições!
É claro que não vou ficar aqui comparando o brinquedinho com sexo, neam? Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, mas que tem lugar pras duas, ah, isso tem! Até simultaneamente, se você quiser, hahaha. Inclusive, eu recomendo!
Garanto que aquela que não experimentou um vibrador não sabe o que está perdendo. Ouso até dizer que as feministas mais radicais o considerariam o símbolo efetivo da emancipação da mulher: na hora do bem-bom, você vai realmente acreditar que não precisa de mais nada e de homem nenhum (ok, talvez daquele desgraçado do seu lado pra dormir de conchinha), mas veja pelo outro lado: ele só entra no buraco que você permite, é exclusivo, absolutamente fiel, não ronca, não te dá dor de cabeça e a manutenção fica a cargo da Duracell, tá bom ou quer mais?! Tudo é uma questão de ponto de vista!
O único cuidado que se deve ter é o de não abandonar a vida social (chegar atrasada aos compromissos podem ser os sintomas iniciais) por causa do novo “amante”, assim como a Charlotte num dos episódios de Sex and the City, porque o barato é viciante mesmo! Pelo menos no começo! Orgasmos múltiplos e em série, quando, como e quantos você aguentar, quem resiste? Charlotte, querida, eu te entendo!!
Mulheres do meu Brasil varonil, em verdade vos digo: tenham sempre um à mão e pilhas novinhas (alcalinas ou recarregáveis, de preferência) na cabeceira. Suas tardes solitárias e chuvosas nunca mais serão as mesmas! Acreditem em mim, Sansão é O cara! Eu agarantio!